Depois de algum tempo sem escrever aqui no blog (o final do período na faculdade estava difícil), estou de volta para contar mais um sossega leão que Senna aplicou em Nigel Mansell.
Autódromo de Suzuka, Japão, 20 de outubro de 1991, penúltima corrida do campeonato, Senna estava com uma vantagem de 16 pontos em relação ao leão Nigel Mansell, que precisava vencer para levar a decisão do campeonato para o GP da Austrália dentro de duas semanas. Para a largada, a pole foi obtida por Gerhard Berger, companheiro de equipe de Senna na McLaren que vinha ao seu lado na segunda colocação, seguido de Mansell em terceiro e Alain Prost em quarto.
Antes da corrida, Ron Dennis, chefe de equipe e dono da McLaren, conversou com Senna e Berger sobre garantir pontos para a McLaren no campeonato de construtores, então, Senna disse a Berger que se mantesse na frente, que ele próprio daria um jeito de segurar Mansell e sua Williams que já havia se mostrando um carro muito bom e superior ás McLarens.
Dada a largada, Berger seguiu em frente, Senna largou bem, fechando o meio da pista impedindo a passagem de Mansell. Berger foi abrindo muitos segundos volta após volta e Senna seguiu fazendo seu traçado e impedindo a passagem de Mansell, após algumas voltas, com Berger a mais de 10 segundos de distância dos dois, Mansell começa a pressionar Senna fortemente, que resiste muito bem com Mansell a poucos centímetros de seu carro, então, com seu desespero em passar logo, ele acaba perdendo o controle do carro no curvão logo após a reta dos boxes e vai para a caixa de brita dando fim ao campeonato de 1991, com Senna campeão.
Em seu livro Nigel Mansell: My Autobiography, ele afirma que Senna tirou o pé do acelerador, reduzindo a velocidade e tirando-o da trajetória, porém, não existe ninguém, nem fotógrafos, mecânicos ou chefes de equipe que confirmem esta versão. Mansell pilotava muito, mas não sabia se controlar para procurar o melhor momento para ultrapassar.
Sem Mansell na corrida, tricampeonato ganho, Senna voltou a andar em seu rítimo e saiu a caçada a Berger, tirou os mais de 10 segundos de vantagem do companheiro, passou, e chegou a abrir quase 6 segundos, porém, Ron Dennis havia falado antes da corrida, que dependendo das circunstâncias, se fosse possível, que Senna deixasse Berger vencer a corrida, então, a poucas voltas do final, Ron Dennis disse a Senna pelo rádio: "Lembre-se do que a gente conversou".
Senna poderia ter reduzido o rítimo antes, mas a ideia de abandonar a vitória praticamente garantida lhe doía muito (Senna não sabia perder), então, na ultima curva, ele desacelerou e deixou Berger passar. Uma situação constrangedora, apesar de todo o entusiasmo da narração de Galvão Bueno. Senna, Berger e Ron Dennis admitiram depois que foi uma péssima decisão, de certa forma até humilhante para Berger, mas lhe rendeu a 1ª vitória na equipe McLaren.
Porém, em 1992 Mansell deu o troco em Senna sendo campeão, mas isso não impediu que Senna desse mais um show em cima do leão no palco mais famosos da Formula 1, mas isso é assunto para um próximo post.
Para ver o primeiro post "Sossega Leão", clique aqui.
Para ver o primeiro post "Sossega Leão", clique aqui.
2 comentários:
Engraçado, o Galvão não narrava com esse entusiasmo quando o Rubinho deixava o Schumacher passar!
Senna era único rubinho é massa não chegam aos pés dele.. Uma comparação ele era o Lewis hamilton só q melhor..ate na trajetoria o lewis é o unico piloto q me lembra o Senna atualmente pela garra pela vontade não abaixa a cabeça pra ninguém. mas o Senna ainda eera superior ao Hamilton por que os carros eram realmentes guiados naquela época não tinha controle de tração, asa movel, kers. O cara era bom e pronto.. Bons tempos..
Postar um comentário