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domingo, 20 de julho de 2008

Tolerância Zero


Então o governo pode comandar a vida social do povo, com uma medida que diz que quem for pego dirigindo após ter ingerido qualquer quantidade de bebida alcoólica vai ser multado, e dependendo do caso podendo até ser preso.


E o povo na rua acha isso uma medida muito inteligente, quando perguntados em sinais de transito durante entrevistas a jornais da televisão, dizem que o governo está certo, que os terríveis malfeitores tem mesmo é que pagar pesadas multas e serem presos.

Realmente, tem muitos casos de bebida e volante que extrapolam todos os limites como dois casos que vi hoje no jornal, um em São Paulo e outro em Minas Gerais, os dois motoristas estavam realmente em estado grave, não negaram ter bebido, mas se diziam bem para dirigir, apesar de estar aparente que não tinham condições.

A medida poderia apenas retificar a antiga, e tornar mais rígida a pena para quem ultrapassasse o limite estabelecido anteriormente, mas não, resolveram cortar o limite de tolerância a zero e ser rigorosos de vez. Desta forma, qualquer quantidade de álcool no sangue pode significar multa e até prisão, mas não pensaram o que mais implica toda esta rigorosidade.

Como o nosso país tem uma rede de transportes público mal desenvolvida, significa que beber uma lata de cerveja que custa dois reais implica em dependendo do caso nas grandes cidades em ter que voltar de taxi para casa, muitas vezes pagando dez vezes ou mais o valor desta simples lata de cerveja. Ah, pode-se esperar um ônibus também, é uma forma mais econômica de voltar para casa, mas como em algumas cidades depois das onze horas da noite a maioria das linhas pára ou é reduzida, espera-se muito tempo ate aparecer um ônibus, e se aparecer. É uma forma mais econômica de voltar para casa, e como a nossa segurança pública também é precária, vem outro risco, o de ser assaltado no meio da noite.

Outro caso que fiquei sabendo também é o de donos de vinícolas no Rio Grande do Sul, que não sabem o que fazer para aumentar o movimento em seus estabelecimentos, já que os turistas vão visitar a vinícola com seus carros, degustavam um pouco de vinho, e depois não podem ir embora com seus carros.

Fora os muitos bares e restaurantes, onde num domingo não se pode almoçar em uma churrascaria e tomar uma cerveja.

Ah, acho que é melhor ficar em casa para beber, fazer um churrasco, mas tem que ser sozinho, porque se alguém mais vier, como é que volta para casa depois?

Se fosse mantido o limite antigo, mas o rigor fosse alterado, poderia ter-se justiça, sem prejudicar tanta gente como está acontecendo, uma medida simples, mas aqui, as coisas só funcionam quando se mostra resultado com números altos em manchetes de jornais dizendo “quinhentos presos em um só fim de semana”, noticias que assustam, e fazem o povo andar na linha através do medo, e não da conscientização, métodos que eram muito comuns há alguns anos, na época da ditadura militar, naquele tempo, a tolerância era realmente zero, e tolerância zero só funciona deste jeito, não existe flexibilidade nenhuma, nada é permitido. Bebida e volante nunca combinaram mesmo, mas tem certas coisas que se precisa pensar antes de criar uma lei e mandar executá-la. Na certa, dentro de algum tempo, assim como o nosso código brasileiro de trânsito, esta medida vai se tornar desgastada, a tolerância vai continuar zero, mas a rigorosidade de quem a executa vai ser menor, então, por que fazer uma lei se depois de algum tempo ela se desgasta? Gostaria que os políticos me respondessem esta, porque realmente não sei, e eles que são pagos para isso provavelmente também não sabem.

Um comentário:

matheus1100 disse...

tipo ..
eu num li tudo nao ..
mais eu sei do qe se trata
intao eu vo concorda com ce..
soh pq ce eh meu amigo ..